Dúvidas Frequentes

Existe diferença entre terapia e psicoterapia?

A palavra Terapia tem sua origem no grego (Therapeia ou Therapeuein) e significa “curar”, ou ainda o “ato de restabelecer”. Sendo assim todo método de tratamento que visa restabelecer a saúde, física ou emocional, pode ser considerado uma terapia.

A Psicoterapia é a principal prática utilizada para lidar com problemas psicológicos, questões de relacionamento, autoconhecimento, saúde mental ou de forma mais abrangente, com qualquer questão ou sintoma relativo ao psíquico. É uma forma de tratamento que tem por finalidade acompanhar, cuidar, aliviar ou eliminar sintomas e sofrimento emocional. Ao longo dos anos os termos quase se tornaram sinônimos e quando dizemos que alguém está em Terapia, normalmente associamos este tratamento ao acompanhamento com um Psicólogo Clínico.

Existem ainda as chamadas Terapias Alternativas, que auxiliam na melhora da saúde do indivíduo e complementam o acompanhamento psicológico, como a Terapia Floral, a Homeopatia ou a Acupuntura, por exemplo. Convém estar atento à seriedade e formação dos profissionais quando o assunto é saúde a fim de que você receba os devidos cuidados para um tratamento sério que lhe garanta benefícios e resultados. Vamos começar sua Terapia hoje?

Preciso de indicação médica para começar minha Psicoterapia?

Não. De forma alguma. Para começar sua terapia basta que você procure um Psicólogo Clínico, que é o profissional habilitado e capacitado para lhe fornecer esse tipo de tratamento. Sem dúvida, muitos casos chegam ao consultório através de algum tipo de indicação: médicos, outros profissionais da saúde, educadores físicos, escolas, etc, que percebem a necessidade de um suporte psicológico às pessoas que estão sob os seus cuidados.

A família também é um termômetro, pois costuma notar em primeira mão as mudanças de funcionamento que o indivíduo apresenta. Ou em alguns casos, o próprio paciente, percebe em si alguns destes sintomas: ansiedade, irritação desproporcional, estresse prolongado, cansaço ou fadiga sem justificativa, melancolia ou tristeza, falta de motivação ou de mobilização para as tarefas cotidianas.

Neste cenário, sem dúvida, é hora de iniciar seu atendimento a fim de que tais sintomas não evoluam a ponto de prejudicar sua vida afetiva, sua saúde ou sua rotina cotidiana.

Mas e se eu não apresentar nenhum destes sintomas posso fazer terapia?

Não dá pra dizer que nenhum de nós está absolutamente livre de todos os sintomas citados. Em maior ou menor grau, todos sentimos um pouco deles, ou até muito, em nosso dia a dia. O que nos diferencia é a capacidade de lidar com isso através das ferramentas emocionais que construímos. Lidando de maneira saudável com nossos afetos, evitamos adoecer, evitamos conflitos, vivemos melhor, com qualidade, harmonia e felicidade. E, sem dúvida alguma a Psicoterapia é a melhor ferramenta de construção de habilidades emocionais já inventada pelo homem. É um poderoso modelo de construção de autoconhecimento e de expansão de consciência. Sendo assim, você pode começar seu processo tão logo sentir a necessidade de se conhecer mais. E de mudar Sua Vida. Pra Melhor!!!

Não estou maluco, por quê preciso de um Psicólogo?

A frase acima é um símbolo de como a Psicologia, em especial a Psicologia Clínica, foi vista pela sociedade em geral, durante décadas a fio. Felizmente, nos últimos anos, com a disseminação do conhecimento e da informação, tal conceito mudou e hoje não existe mais um temor pela própria imagem quando o paciente está em sofrimento e decide buscar tratamento. Entretanto, é claro que uma parcela substancial da sociedade, conserva valores antigos e esta postagem tem a finalidade de falar para àqueles que vivem nesse meio, e querem se libertar de tais ideias ultrapassadas. Algumas pessoas tinham vergonha de falar abertamente que faziam psicoterapia com medo do julgamento alheio e, em muitos casos, dizia-se que pessoas que precisavam de tratamento eram “fracas”. “Frescura” foi um termo muito associado à pacientes que sofriam de depressão ou ansiedade, pânico ou fobias, mas que eram totalmente incompreendidos e cuja família, preferia a negação desse sofrimento do que buscar ajuda com um profissional capacitado. Psicoterapia é antes de tudo para os FORTES: não há maior sinal de fortaleza do que reconhecer suas limitações ou seus problemas e buscar aprimoramento, tratamento e auxílio! Portanto não há motivo para receio: a terapia, certamente, lhe ajudará a lidar, diminuir ou ainda eliminar seus sofrimentos, temores, angústias, etc.

Sendo assim, se você não está maluco, ou definitivamente está, e quer saber mais “sobre a sua Maluquez, misturada com sua Lucidez”, como cantava Raul, então está na hora de começar sua terapia.

Qual a diferença entre Psicologia, Psiquiatria e Psicanálise?

Já ouvi verbalizações do tipo: “Fulano já não é mais caso de Psicólogo, é caso de Psiquiatra!” Ou ainda, “Estou fazendo Psicanálise, não Psicoterapia”.

Vale a pena esclarecer este tópico uma vez que estas linhas de atendimento por vezes se confundem no imaginário popular. Embora os profissionais trabalhem em áreas análogas da saúde mental, lidando com o emocional de seus pacientes, as diferenças estão ligadas à formação e, por consequência, nos métodos utilizadas para o tratamento.

Vamos às distinções:

– Psicólogo: como o psicólogo atua em várias frentes, vamos especificar com a atuação na clínica, já que este é o profissional que as pessoas devem procurar quando interessadas em fazer terapia ou análise. Na clínica o psicólogo trabalha com a psique e com o comportamento humano. Através da compreensão do funcionamento do paciente ele pode fazer diagnósticos, prevenir e tratar doenças mentais, transtornos de personalidade e problemas emocionais. Para tanto pode se utilizar de uma ou mais abordagens psicológicas, ou seja, técnicas de tratamento que fazem parte do escopo da Psicologia: Psicologia Analítica (Jung), Transpessoal, Psicanálise, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), Fenomenologia, Gestalt, etc…

– Psiquiatra: é um profissional da Medicina, cuja especialidade é a saúde mental. Lida com as questões emocionais das mais simples às mais graves e sua atuação tem um viés mais orgânico: como é o único profissional habilitado a prescrever medicamentos, o psiquiatra trabalha com uma perspectiva mais fisiológica, utilizando em especial a Alopatia (método terapêutico que visa a cura através do emprego de remédios) para tratar, aliviar ou eliminar sintomas ou doenças de origem emocional.

– Psicanálise: como dito antes, a psicanálise tornou-se, até certo ponto, uma abordagem da Psicologia, uma vez que o psicólogo recebe formação psicanalítica na faculdade. É a técnica terapêutica criada por Sigmund Freud e que visa a compreensão do funcionamento do paciente, através de seus conteúdos emocionais, conscientes ou inconscientes. Ocorre que outros profissionais, como o Psiquiatra, por exemplo, podem fazer uma especialização e se tornarem, além de médicos, psicanalistas. Vale ressaltar que, nem sempre o psicanalista tem formação em psicologia ou medicina, pois existem cursos que oferecem a formação em psicanálise sem que você tenha graduação superior.

Fique atento, portanto, na hora de fazer e sua escolha.